Pedagogia na Indústria
Pedagogo além das salas de aula.
Do ponto de vista social a educação acompanha as mudanças da sociedade, formando o individuo para enfrentar a realidade que o espera. Com a revolução industrial o mundo capitalista ganha vez, o importante aqui, é aquele que possui bens e dá lucros. Dentro desta realidade a empresa ganha destaque, pois é ela que mais influencia o mundo moderno, exerce muita influência sobre os comportamentos, estilos de vida, personalidades, sistemas de valores, etc. Para ser um executivo padrão, o sujeito precisa ter bons relacionamentos,barganha entre os fornecedores e status social. Com tanta exigência, cabe aqui, ao profissional ter mais conhecimento. As corporações, vendo que um funcionário bem informado, gera mais lucro, incentivam-os, a buscar esse conhecimento, a desenvolver sua capacidade de comunicação com seus colegas de trabalho, fornecedores e clientes. Nesta esfera, a educação formal perde espaço para a informal.
Especificamente no Brasil a educação não conseguiu acompanhar o ritmo acelerado do desenvolvimento industrial, as escolas públicas na década de setenta não tinham preparo para profissionalizar e formar o trabalhador requerido naquele momento. Foi dessa forma que a formação profissional passou a ter seu âmbito, muito mais definido em locais informais, nos locais de trabalho ou através de treinamentos intensivos, coordenados por instituições ou pela própria empresa, dando espaço privilegiado ao profissional da educação.
"O pedagogo
começou a ser chamado para atuar na empresa no final da década de
sessenta, início de setenta. Os princípios de racionalidade, eficiência e
produtividade foram transportados da economia para a educação, de modo
conciliatório com a política desenvolvimentista. A concepção de educação que
predominava trazia consigo a ideologia desenvolvimentista, fundamentada nas
teorias do Capital Humano, muito presente no cenário nacional,
respaldando políticas e ações que visavam o aperfeiçoamento do sistema
industrial e econômico capitalista. Na década de 70, observou-se uma crescente
automação do processo de trabalho, de novas tecnologias. No entanto, a
classe trabalhadora se encontrava totalmente despreparada para o estágio de
desenvolvimento industrial. O mercado de trabalho passou, então, a reclamar a
profissionalização dos trabalhadores para acompanhar as mutações que
estavam ocorrendo no mundo do trabalho, decorrentes de transformações
tecnológicas.
A escola encontrava-se despreparada para oferecer
contribuições na profissionalização dos trabalhadores para que atendessem as
perspectivas de desenvolvimento industrial. Sendo assim, buscaram-se
outros mecanismos situados fora da escola formal para formar o trabalhador
viável àquele momento. A formação profissional passou a ter seu âmbito cada vez
mais definido no local de trabalho ou através de treinamentos
intensivos, coordenados por instituições ou pela própria empresa”. (Urt e
Lindquist: 2004).
Esse assunto parece-me ser complexo,mas na verdade ele traz muita experiencia pra quem convive nas industrias.Mirele
ResponderExcluirEste texto mostra a realidade do Brasil ,quando não havia um preparo profissional naquele momento.Joanne
ResponderExcluirAs grandes possibilidades que tem o campo da pedagogia. Mauriceia Alves
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